Servidora púbica tem parte da perna e dedos amputados após lipoaspiração e desabafo é triste
A servidora pública de 43 anos, Indialma Antunes de Oliveira, entrou com uma denúncia à Polícia Civil após ter parte da perna e dedos dos pés e mãos amputados devido a complicações após passar por uma lipoaspiração realizada nas costas e no abdome.
Nesta terça-feira (10), ela deu seu depoimento contra o médico às autoridades para dar início as investigação por lesão corporal Ela detalhou que sua vida mudou drasticamente e que não consegue nem fazer coisas básicas do cotidiano.
‘’Fiquei com marcas e cicatrizes pelo meu corpo inteiro, além de furos no bumbum. Hoje, não posso mais fazer coisas que eu gostava, como trilhas, atividades físicas, viajar de moto, até dirigir um carro, que agora só se for adaptado“, desabafou Indialma que desencadeou uma infecção generalizada após o procedimento.
O advogado Fabrício Póvoa da servidora no processo judicial explicou que o processo da vítima ainda está em andamento na Justiça do Tocantis. Nos altos ela pede reparação de danos morais.
A advogada, que defende o médico cirurgião plástico Fabiano Calixto Fortes de Arruda, que realizou o procedimento, afirmou que não houve nenhum erro médico nem intercorrências durante todo o procedimento.
Segundo a defensora amputação dos membros da vítima foram decorrentes a quadro de trombose que Indialma teve na Unidade de Terapia Intensiva onde ficou após o procedimento.
Nota de defesa do médico
“Em relação a informação sobre a cirurgia de lipoaspiração, informamos que a cirurgia foi bem sucedida, não ocorrendo nenhuma intercorrência durante o ato cirúrgico pela cirurgia plástica. Os exames pré operatório da paciente foram solicitados e estavam normais!
A paciente recebeu alta hospitalar e no dia seguinte, queixou de dor no peito, em casa, sendo encaminhada pelo cirurgião, e então atendida em hospital de referência de Goiânia onde não foi detectado nenhum alteração grave recebendo alta para casa no mesmo atendimento.
Mesmo com a orientação do Hospital de referência em Goiânia, com o acompanhamento clínico da equipe e do Cirurgiao Plástico, orientou-se a reinternação para melhor investigação clínica do quadro.
Paciente foi atendida por médico intensivista que iniciou os cuidados no hospital para prosseguir com toda investigação clínica, acompanhada do Cirurgião plástico.
Durante a evolução da paciente na UTI, paciente evoluiu com trombose arterial, relacionada a procedimento relacionado a passagem de cateter no membro inferior, que evoluiu com complicações que levaram a amputação do membro inferior, fato este não relacionado a cirurgia e sim ao procedimento específico realizado na passagem do cateter pela equipe da UTI.
O quadro de trombose arterial e de infecção relatados foram desenvolvidos durante a internação na unidade de cuidados intensivos e não tem relação com a cirurgia de lipoaspiração.