Escalada de violência em Minneapolis deixa mortos e reacende debate sobre armas

Quatro ataques em menos de 24 horas

A cidade de Minneapolis, em Minnesota (EUA), viveu uma onda de violência sem precedentes em menos de 24 horas. Entre terça (26) e quarta-feira (28), quatro ataques a tiros deixaram mortos, feridos e uma população em choque. O episódio mais grave ocorreu na Escola Católica Annunciation, onde disparos foram registrados em pleno horário de funcionamento, aumentando o clima de medo e preocupação entre moradores e autoridades.

Primeiro ataque deixa mortos e feridos

O primeiro tiroteio aconteceu ainda na tarde de terça-feira (26), por volta das 14h, no sul de Minneapolis. Um atirador abriu fogo em plena luz do dia, matando uma pessoa e ferindo outras seis. Testemunhas descreveram cenas de pânico, com pessoas correndo em busca de abrigo e veículos abandonados em meio à confusão. O ataque, considerado grave por si só, acabou sendo apenas o início de uma série que se estenderia nas horas seguintes.

Novo tiroteio na noite de terça aumenta tensão

Poucas horas depois, às 20h, um segundo ataque foi registrado em outro bairro. Um homem foi morto e outro ficou ferido. A polícia não revelou de imediato a identidade das vítimas, mas confirmou que investiga as circunstâncias e possíveis motivações. O padrão de violência em curtos intervalos de tempo levantou dúvidas sobre uma possível conexão entre os casos, hipótese ainda não confirmada pelas autoridades.

Madrugada marcada por mais disparos

Na madrugada de quarta-feira (28), por volta das 2h, um terceiro ataque voltou a abalar a cidade. Um homem armado abriu fogo contra um grupo reunido em uma calçada, matando uma pessoa e deixando outra gravemente ferida. O episódio, em espaço público e de grande circulação, ampliou a sensação de vulnerabilidade, já que qualquer ambiente passou a ser visto como possível alvo de violência.

Escola católica é atingida por disparos

O ápice da sequência de crimes ocorreu poucas horas depois, quando a Escola Católica Annunciation foi alvo de disparos. Embora não haja confirmação de vítimas fatais nesse episódio, a ocorrência dentro de um ambiente escolar religioso provocou comoção imediata e trouxe à tona memórias de massacres já registrados nos Estados Unidos. O caso reacendeu o debate sobre a segurança em instituições de ensino e sobre o acesso facilitado a armas de fogo no país.

Autoridades reforçam segurança, mas medo permanece

Em coletiva, o chefe de polícia Brian O’Hara classificou a escalada como “profundamente perturbadora” e anunciou reforço no policiamento. Escolas intensificaram medidas de segurança e moradores passaram a evitar deslocamentos noturnos. Para especialistas, a sequência de ataques expõe a fragilidade das políticas de controle de armas nos EUA. Enquanto as investigações buscam esclarecer se os crimes têm ligação ou são episódios isolados, Minneapolis enfrenta o desafio de retomar a sensação de segurança em meio a uma rotina marcada pelo medo.