Caso Isabela: menina é encontrada por PMs em Santo André
A criança Isabela, com 2 anos de idade, que foi sequestrada em Santo Amaro, São Paulo, na sexta-feira (30/6), foi encontrada na noite de segunda-feira (3/7) por policiais militares em Santo André. Não foram divulgados detalhes sobre o estado de saúde da criança.
Os pais e um irmão da criança foram acompanhados por policiais de São Paulo até o 6º DP de Santo André, onde Isabela se encontra.
A informação sobre o paradeiro da criança chegou ao 11º DP (Santo Amaro) por volta das 20h15 desta segunda-feira, resultando em comemoração por parte dos familiares presentes na delegacia.
Na noite desta segunda-feira, a Polícia Civil de São Paulo está conduzindo uma operação para localizar a pessoa conhecida como “Tia Sandra”. Ela é considerada a principal suspeita de envolvimento no sequestro da criança Isabela. No entanto, a polícia ainda não confirmou se a descoberta da criança está diretamente ligada à busca pela suspeita.
A identidade da suspeita não foi revelada. No entanto, de acordo com o delegado Marcel Druziani, do 11º Distrito Policial, a mulher se aproximou da mãe da menina, Evanisa, nos últimos meses, oferecendo fraldas, alimentos e dinheiro.
Durante uma entrevista coletiva, o delegado-adjunto do 11º DP, Deglayr Tavares Junior, compartilhou a imagem da suspeita com os jornalistas. Segundo informações, ela é proprietária de uma clínica de estética.
Imagens de câmeras de segurança de um bar registraram o momento em que Evanisa, visivelmente desesperada, chega ao estabelecimento acompanhada da suspeita. Sandra senta em uma cadeira, aparentando mal-estar. Os funcionários do bar relataram que a mulher “desapareceu repentinamente”.
Sequestro planejado
De acordo com declarações do delegado Marcel Druziani, acredita-se que o sequestro tenha sido premeditado pela polícia.
“Parece que foi algo programado que essa Sandra pretendia fazer. Ela ficou com a criança no colo. Junto estava um menino de 8 anos de idade, irmão da vítima. A mãe foi até um bar comprar cigarros. E quando voltou a criança tinha desaparecido”, disse.
“A Sandra também enganou a senhora Evanisa dizendo que era proprietária de uma loja. Na verdade, Sandra não tem loja alguma aqui na região”, completou.
Conforme informado pelo delegado, a mulher que se identificava como Sandra já havia manifestado o desejo de ficar com Isabela.
“A mãe passou a deixar a criança no colo dela, deixava ela brincar. E a Sandra passou a pedir a criança para ela. A Evanisa disse que nunca autorizou isso, mas manteve a amizade, que foi algo imprudente”, disse o delegado.
O pai da menina, Gilson Santos Nascimento, disse que “Sandra” estava ajudando a família nos últimos meses. Que a mulher dava dinheiro e fraldas para Isabela. Contou também que a suspeita dizia que estava grávida.
Vídeo
Imagens de uma câmera de segurança flagraram o momento em que Evanisa deixa Isabela e o filho mais velho, de nove anos, com Sandra e atravessa a rua para pedir cigarro em um bar. Segundos depois, ela volta desesperada, após perceber que a filha havia sido raptada.
Na gravação, Evanisa aparece gritando e gesticulando, desesperada. Enquanto isso, Sandra se senta em uma cadeira e pede um copo d’água, como se estivesse passando mal. De acordo com funcionários do bar, a mulher “desapareceu do nada”.
Durante seu depoimento, o menino relatou ter presenciado Sandra auxiliando no momento em que a irmã foi colocada no carro. Segundo ele, o motorista do veículo era um homem careca, e havia outra mulher no interior do carro, que aparentava ser de cor cinza ou prata.
Versão estranha
Em uma entrevista ao Metrópoles, o delegado Marcel Druziani, responsável pelo 11º DP, declarou pela manhã que a primeira versão fornecida por Evanisa à polícia era considerada “confusa” e “estranha”.
Um dia após registrar o boletim de ocorrência do crime, a mulher compareceu à delegacia para informar que o sequestro teria ocorrido em um endereço próximo, porém diferente do inicialmente relatado.Inicialmente, ela havia mencionado que dois homens teriam levado a criança de seus braços. No entanto, durante seu depoimento nesta segunda-feira, a mãe esclareceu que sentiu medo e vergonha por ter deixado a menina sozinha com o irmão e a outra mulher.