Jovem é morta após se recusar a sair com bandido em baile funk em favela de Senador Camará

Jovem de 22 anos é assassinada após se recusar a sair com traficante no Rio
Um caso brutal de feminicídio chocou moradores da Zona Oeste do Rio de Janeiro neste domingo (17). Sther Barroso dos Santos, de 22 anos, foi espancada até a morte após se recusar a acompanhar um traficante durante um baile funk na comunidade da Coreia, em Senador Camará. Segundo a família, o crime foi ordenado por Bruno da Silva Loureiro, o “Coronel”, apontado como chefe do tráfico local. Dois homens teriam deixado o corpo da jovem na porta de casa, na Vila Aliança.
Brutalidade motivada por recusa
De acordo com relatos da família à polícia, Sther foi violentamente agredida após recusar uma proposta feita pelo criminoso durante o evento. O traficante, ao ser rejeitado, teria ordenado a tortura e execução da jovem. Parentes disseram que Sther chegou a ser levada ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, mas já deu entrada na unidade sem vida. A violência da agressão chocou até mesmo os profissionais de saúde.
Traficante tem longa ficha criminal
Bruno da Silva Loureiro, conhecido como “Coronel”, já é alvo de diversas investigações por crimes como tráfico de drogas, homicídio, roubo e porte ilegal de armas. Ele seria integrante do Terceiro Comando Puro (TCP) e costumava se esconder no Complexo da Maré. Recentemente, porém, voltou a circular em comunidades como Vila Aliança e Coreia, onde o crime ocorreu. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) assumiu o caso e segue com as investigações.
Jovem vivia fase de realizações pessoais
Familiares contam que Sther vivia um momento especial, realizando sonhos pessoais como tirar a carteira de habilitação e se preparar para mudar para um novo apartamento. Em redes sociais, a irmã da vítima fez diversos desabafos emocionados, destacando o quanto Sther era dedicada à família e sonhava em construir uma nova vida. “Ela tinha o sonho de ser mãe, de casar, de viver”, escreveu.
Medo e sensação de impunidade tomam conta da família
A irmã da jovem revelou que, um dia antes do crime, Sther havia visitado o irmão preso e relatado um sonho em que era perseguida por homens armados. Desde então, os familiares vivem sob medo e insegurança. “A única coisa que eu tinha medo aconteceu. Agora, só me resta lutar por justiça”, declarou. Eles pedem punição exemplar aos envolvidos, temendo que o caso caia no esquecimento.
Justiça e memória: metas que ficaram para 2025
Nos cadernos pessoais, Sther havia deixado metas para 2025: concluir cursos, adotar um cachorro, ver o irmão em liberdade e “ser usada para o bem”. “Vai ser o melhor ano da minha vida, eu profetizo!”, escreveu. As anotações, agora, servem como um retrato doloroso de sonhos interrompidos. A polícia ainda não prendeu os suspeitos e segue com diligências. A família cobra respostas e justiça para que a memória de Sther não seja esquecida.